Retrato de uma jovem em chamas. Da diretora: Céline Sciamma

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O longa Retrato de uma Jovem em Chamas, da diretora Francesa Céline Sciamma chegou aos cinemas brasileiros em janeiro de 2020, já tendo conquistado  prêmio de Cannes como melhor roteiro.

A trama se passa na França do século 18 em que uma pintora é contratada para fazer um retrato de uma jovem burguesa, para que a família envie este retrato para seu pretendente, esperançosos que este a aceite em matrimonio, só há um problema, a jovem não quer se casar e muito menos posar para o retrato, de forma que a pintora se passa por sua dama de companhia para poder captar seus traços com sua memória visual e assim realizar a obra para a qual foi contratada.

Com essa premissa nos deparamos com o longa, para alguns como eu que assistiram ao longa sem ao menos ler a sinopse, é a trama artística e histórica que chama a atenção. A primeira cena do longa já nos transporta para a personalidade da protagonista, sua história e sua resolução, mas isto apenas a torna mais interessante, de forma que apesar de algumas vezes nos depararmos com cenas lentas, trilhas sonoras que não se destacam que deixam o filme mais lento, é impossível não querer assistir ao longa até o final, por sua trama que contagia e nos prende e mais ainda... a beleza de cada frame que assim como o próprio filme nos remete o tempo todo a pintura, aos costumes do século 18 e a história da arte. Tudo feito com uma maestria de Arte e Foto impecável.

Para muitos, se deparar com esse filme de inicio pode ser isso, um filme lindo artístico e sobre arte, envolvendo pintura, desenho, figurino, costumes, belissimas paisagens e cenografia de época e um momento em que podemos nos deparar ate com uma música cantada a capela, maravilhosa. Mas conforme a trama se desenvolve, o longa se mostra muito mais que isso, se mostra ser completamente atual, feminista, sutil e sobre amor, admito que me surpreendi com o desenvolvimento e com os caminhos que a trama toma, em alguns momentos podemos ate estranhar muito um olhar, uma atitude dos personabens e são eles que nos levam para um desenvolar surpreendente de atuação e roteiro.

Uma curiosidade para alguns também é que todas as obras que aparecem no filme são de uma artista chamada Hélène Delmaire, que divulga suas obras no Instagram e que assim foi chamada para ter suas obras no filme, de forma que em todas as cenas em que a protagonista aparece desenhando ou pintando uma obra, na verdade são as mãos de Hélène Delmaire realizando a arte.

Sendo assim, para os cinéfilos amantes de arte, cultura do século 18, qualidade, romance e feminismo, com uma história incrível e com um roteiro e atores maravilhosos, é um filme que não pode faltar na sua lista.

Nota: 8
Excelente

Porque arte, pode ser muito mais do que arte. Cada pincelada é uma historia,  e cada pequena história pode dar um filme.


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